[Semana da Consciência Negra] Resenha - Pequeno Manual Antirracista - Djamila Ribeiro
Capa do Livro - Selo Companhia das Letras - Foto - Instagram: @cafecomlivrossp |
Boa noite Leitorxs!
Nossa Semana da Consciência Negra continua, nosso objetivo ao retratar esse tema é celebrar a nossa Negritude, fomentando e divulgando às suas produções dos vários autorxs negrxs, incentivando para que cada vez mais vocês busquem e conheçam essxs autorxs e obras que durante muito tempo foram apagados do meio literário.
Hoje, 20 de Novembro de 2019, dia da Consciência Negra eu trago para vocês a resenha do livro “Pequeno manual antirracista” da autora Djamila Ribeiro, um livro curto, mas, que tem muito a nos dizer. São dez lições básicas que tem como foco provocar a reflexão sobre as nossas atitudes diárias na luta contra o racismo. Será que combatemos mesmo o racismo em nosso dia a dia? Será que essas atitudes nos transformam em pessoas antirracistas? São perguntas como essas que norteiam o texto, que em uma escrita leve e muito coerente, conduz o leitor a pensar na complexidade do tema.
Vários pontos me chamaram a atenção no livro, a abordagem direta, foi uma delas, Djamila te convida para um papo cara a cara, com muita franqueza, usando uma linguagem clara e muito direta, não há rodeios no texto, alguns dados são apresentados e a partir desses dados várias análises são feitas, reafirmando o apagamento que o negro teve durante muito tempo e as dificuldades encontradas ainda hoje.
Dessa forma bem direta, ela provoca as pessoas não-negras a questionarem e perceberem a estrutura da sociedade, compreendendo que essa organização está pensada para valorizar a branquitude e que a luta antirracista também é uma luta deles, pois foram eles que a partir do momento que nos retiraram da África, se pondo como superiores ao nosso povo, que criaram o racismo. Mas não pense que a filósofa se refere apenas aos não-negros, a sua fala é direcionada a todos, inclusive aos negros, que por obter alguns privilégios, acreditam que o ativismo negro é mimimi.
No decorrer do livro, diversas personalidades negras são citadas e somos questionados sobre a nossa relação com os conteúdos produzidos por essas pessoas e como essa falta de consumo da cultura negra continua contribuindo para a marginalização dessa população.
Enfim, é um livro muito interessante que merece um destaque especial na data hoje, pelo trabalho desenvolvido e pela sua contribuição que se transforma em um passo a mais na caminhada para a diminuição dessas desigualdades, lembrando que a luta é diária e que “não basta ser contra o racismo, é preciso tornar-se antirracista”.
Boa noite queridxs e boas leituras.
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