[Leitura Compartilhada] Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág. 519 - 582
Capa do Livro - Editora Record - Foto: @cafecomlivrossp |
Olá Leitorxs!! Hoje é o nosso nono post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”. Continuando a nossa análise, terminamos o sétimo capítulo e começamos o oitavo.
Como eu adiantei um pouco da história, vou retomar um pouquinho do fim do post da semana passada. Lá vimos que Padre Heinz foi assassinado covardemente por causa da sua inclinação com os ideais de libertação e por isso, Kehinde resolve ajudar os muçulmanos em seus planos de rebelião. A rebelião acontece, fica conhecida como a revolta dos Malês, sem sucesso, muitos negros morrem, inclusive o Fatumbi, os negros que sobreviveram, passam a ser caçados e castigados, tendo participado ou não da revolta.
Kehinde que participa ativamente da rebelião, escapa com vida e se esconde na Escola de Medicina da Bahia e só consegue fugir de lá depois que um dos negros que por estar muito ferido é retirado do esconderijo com a ajuda dos outros homens que estavam juntos com ela, sendo indicado ao Doutor Jorge, filho de um dos seus amigos. Doutor Jorge descobre o esconderijo e com a ajuda de Tico e Hilário tiram Kehinde de lá, ela fica abrigada alguns dias na casa dos amigos, pois, a polícia estava revistando todas as casas em busca de pessoas que ajudaram na rebelião.
Kehinde, o filho, seus amigos e a sinhazinha junto com a sua família, viajam para uma das ilhas que ficam próximas de Salvador, saindo um pouco do tumulto que se instalara na capital após a rebelião. Passada a agitação, quando eles retornam para a casa, descobrem que a mulher de Alberto tomou todos os bens dele e a casa de Kehinde está em meio a esses bens, e como o contrato de venda não havia sido firmado em cartório, ela teme que a casa seja tomada. Alberto encontra uma solução e dá um dinheiro, o suficiente para que ela consiga comprar uma outra casa, enquanto ele com o apoio do marido da sinhazinha, lutam para reaver os seus bens.
Após o fracasso da revolta, uma nova lei é promulgada e os africanos vindos de África que participaram da rebelião, começam a ser deportados, inicialmente forçadamente, depois alguns negros aderem à deportação pois as notícias que chegam de lá é que quem retornavam, estavam prosperando e ganhando muito dinheiro, fazendo com que muitos aceitassem voltar, vendendo às pressas tudo que tinham para fazer com a família a viagem de retorno. Os africanos que decidiam ficar, tinham que fazer um cadastro e precisavam pagar um tributo ou se encaixar nas regras estabelecidas pelo governo, como foi o caso de Kehinde e seus amigos.
Kehinde que já não tem mais nada com Alberto além de amizade, começa a se aproximar do médico Jorge e a gostar dele. Por causa de um engano ela vai presa e novamente é ajudada por Jorge e isso os aproxima mais. Ela é aconselhada a passar um tempo na ilha de Itaparica, na casa de uma amiga da Esméria, mesmo relutante Kehinde aceita e deixa o seu filho aos cuidados do pai, Alberto, de Jorge, Esméria e os outros amigos. Lá ela sofre com a distância, a saudade e o isolamento, mas aproveita para se conectar mais com a religião, já que a casa que está hospedada é de uma Ialorixá muito poderosa da ilha. Kehinde já fora avisada das turbulências que a sua vida passará e ela está prevendo que mudanças irão acontecer muito em breve e finalizamos essa parte com um encontro dela e de Jorge, ele pedindo que ela tenha paciência, pois com o domínio federalista as coisas em Salvador não estão fáceis melhor é que ela permaneça escondida até tudo de acalmar.
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