[Leitura Compartilhada] Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág. 455 - 518
Capa do Livro - Editora Record |
Olá leitorxs!! Hoje é o nosso sétimo post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”. Continuando a nossa análise, começamos o sétimo capítulo.
Vimos no capítulo passado que o relacionamento de Kehinde com Alberto acabou e ela foi morar nos fundos da antiga padaria, levando seus filhos Banjokô e Omuntude, 8 e 2 anos respectivamente, e os seus amigos. Lá eles constroem um sobrado modesto e Kehinde, ainda abalada com a mudança, demora a colocar as coisas nos eixos.
Começando a colocar a cabeça no lugar, ela tem a ideia de alugar a antiga padaria, que pela divisão ficou com Alberto, ele aceita com a condição de que ela pague o que puder, pois não quer que o filho passe necessidade, não tendo escolha ela acaba aceitando e faz pequenas reformas no prédio para que sirva de moradia. Fatumbi conversa com ela e a convence a alugar os quartos para os seus amigos muçulmanos. Aqui ela começa a ter mais contato com a cultura e descobre os planos dos muçulmanos para uma revolta e começa a ajudá los nos planos.
Tico e Hilário percebem que fabricar charutos pode lhes render um bom dinheiro e pode se tornar um negócio prospero e propõem a Kehinde uma sociedade, após ponderar sobre a ideia, ela aceita e eles começam a produção dos charutos que para surpresa deles, acaba tendo uma grande aceitação no mercado, aumentando a produção deles.
Mais uma passagem muito triste acontece, O Banjokô, filho mais velho, por ser um Abiku, que na cultura africana revela ser um espírito que ainda tem uma forte ligação com o Orum (céu), por isso, em um acidente ele acaba morrendo, deixando Kehinde em estado de depressão profunda, embora ela encontre apoio nos amigos e conforto nas palavras do babalorixá, essa perda a deixa completamente abalada.
Kehinde e Alberto, que está infeliz no casamento, resolvem ficar juntos mesmo ele estando casado. Ela ainda tenta sair do estado de depressão e encontra força no filho mais novo para que isso aconteça. Ela também passa a ajudar Fatumbi nos planos da rebelião, observando as festas, pois os muçulmanos planejam a ação para um dia de festa, no qual a polícia está menos atenta.
Aqui também descobrimos de forma bem descritiva a origem da Festa da lavagem da escadaria do Senhor de Bonfim em Salvador e a ligação que ela tem com as religiões de matriz africana.
Padre Heinz que havia viajado e demoraria a volta, foi assassinado por causa da sua inclinação com os ideais de libertação e por isso, Kehinde desiste de ajudar os muçulmanos em seus planos. A rebelião acontece, fica conhecida como a revolta dos Malês, sem sucesso, muitos negros morrem, inclusive Fatumbi, os negros que sobreviveram, passam a ser caçados e castigados. Kehinde se esconde na casa de Tico e Hilário.
Passada a agitação, quando eles retornam para a casa, descobre que a mulher de Alberto tomou todos os bens dele e a casa estava junto, pois o contrato de venda não havia sido firmado em cartório. Tendo o apoio do marido da sinhazinha, lutam para reaver os seus bens, tendo algumas complicações, pois negros já não podiam ter imóveis no estado da Bahia. Kehinde se separa de Alberto, é presa injustamente sob a acusação de lutar contra o governo e em meio a esse turbilhão, ela vai passar alguns dias na ilha de Itaparica e deixa Omuntude sendo cuidado por Esméria.
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