[Leitura compartilhada] Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág 837 - 904

Capa do Livro - Editora: Record - Foto - Instagram: @cafecomlivrossp
Olá leitorxs!! Seguindo com a nossa análise terminamos o nono capítulo, iniciamos o décimo e hoje é o nosso décimo quarto post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”.

✔ Jhon conhece um artista em uma das suas viagens e esse artista o procura em Uidá querendo fazer negócios, comercializando os seus trabalhos, máscaras africanas. Jhon não está interessado, mas Kehinde conversando um pouco com o artista, acha a sua vida interessante e o convida para ficar e passar a noite por lá para que no dia seguinte conversem melhor. No dia seguinte após conversar, Kehinde o convida para que fique e entalhe alguns móveis para a sua casa que está em construção, ele aceita, mas, não garante que ficará muito tempo, pois está muito acostumado com a vida de andarilho. A casa fica pronta e ela se muda para lá e o artista resolve ficar em Uidá, principalmente por estar apaixonado por uma das amigas de Kehinde.

✔ As coisas em Uidá começam a ficar complicadas, O Rei vizinho começa a juntar forças contra o Rei Guezo, causando uma tensão entre os africanos e os ingleses que moravam em Uidá e quem eram maioria no reino vizinho. Com isso, Jhon fica um tempo afastado de Uidá, esperando as coisas se acalmarem. Enquanto isso, a após a morte do Chachá e a escolha da pessoa que o substitui, além de outros acontecimentos movimentam Uidá e Kehindé aproveita as novidades para ampliar os contatos, esperando Jhon retornar à cidade.

✔ Durante essa espera, ela conhece um comerciante muito rico, que ao ver a casa que ela estava construindo, nos moldes brasileiros, impressionado pede que ela construa uma casa igual para ele, afirmando que pagará muito bem. A notícia se espalha muito rápido pela cidade e outros comerciantes a procura querendo encomendar casas iguais as brasileiras. Aqui, mais uma vez, Kehinde tem uma grande ideia e começa a colocar o seu plano em prática mesmo sem conversar com Jhon.

✔ Sobre os novos planos, temendo não poder mais comercializar as armas como fazia antes e tendo o comércio de especiarias brasileiras diminuído um pouco, ela resolve abrir uma construtora com o nome “Casas da Bahia”, sem pensar muito, ela manda dinheiro para Tico que está na Bahia e manda que recrute bons pedreiros que estejam dispostos a voltar para África para trabalhar em sua nova empreitada. Ao retornar a Uidá, Jhon fica furioso por não ter sido consultado e pela enorme quantidade de dinheiro gasto no novo empreendimento e preferiu não se intrometer no novo negócio, pelo contrário, resolveu comprar uma fazenda e fazer um negócio totalmente diferente.

✔ Agora “separados”, pois Jhon estava vivendo na fazenda cuidando dos seus negócios e Kehinde cuidando da construtora que a cada dia que passava, crescia mais e mais, tendo clientes em espera de até três para ter a sua casa. Os Ibêjis também passam muito tempo com Jhon na fazenda, o que deixa Kehinde livre para fazer viagens e ampliar ainda mais os seus negócios. Um dia ao retornar para casa, eles encontram um bebê bem cuidado nas escadas da casa, e mesmo tendo acontecido isso outras vezes e ela nunca ter aceitado criar os bebês, com esse acaba sendo diferente, pois uma das empregadas da casa dela já se afeiçoou a criança.

✔ Tempos depois chega a notícia de que Jhon estava doente e Kehinde vai até lá e descobre que a coisa é bem pior do que ela pensava, nesse caso, ela traz Jhon para casa e faz de tudo para ajudá-lo, mas ele acaba morrendo. Após a morte de Jhon ela descobre que ele tinha outras mulheres e que uma delas queria que ele se separasse de Kehinde, e não aceitando essa separação, a mulher de modo a se vingar, lança um feitiço e abandona o filho que teve com ele sobre os cuidados de Kehinde.

✔ Com a morte de Jhon e com os gêmeos já maiores, Kehinde é aconselhada a mudar de cidade, principalmente para que eles tenham uma educação melhor. Seguindo o conselho e já tendo várias pessoas de confiança ajudando-a a tocar a construtora, ela resolve mudar para Lagos, lá os seus filhos tem a possibilidade de continuar os estudos, mesmo contra a vontade de um dos gêmeos, que depois se convence que foi o melhor para eles.

✔ Ainda em Lagos, e seguindo conselhos, ela resolve mandar os filhos estudar na França, sendo que eles já tinham aprendido tudo que podiam por lá. Kehinde, mesmo sofrendo, ela aceita e os manda para estudar na França, o menino vai prestar uma prova para ingressar no curso de engenharia e a menina, vai para uma irmandade onde vai se formar para ser professora, vontade dela. E eles partem para a França e ela ainda passa algum tempo em Lagos, mas já dá indícios de que está viajando para Brasil. Assim, estamos chegando na reta final dessa história.

✔ Lendo as últimas partes, principalmente desde a volta de Kehinde para África, eu senti nela uma pessoa empreendedora e com vontade de ajudar o seu povo, mesmo ela sendo hostil aos africanos, a quem se refere a eles como selvagens, isso me incomoda um pouco, principalmente pelo fato dela ter aceitado a cultura dos brancos, mas, ela acaba criando um espaço de apoio para os retornados e para alguns africanos, dando emprego e melhorando a condição de vida deles por lá...

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