[Leitura compartilhada] - Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág. 390 – 454

Capa do Livro - Editora Record - Foto - Instagram: @cafecomlivrossp
Olá leitorxs!!

Hoje é o nosso sétimo post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”.Continuando a nossa análise, finalizamos o sexto capítulo.


Morando com Alberto, como vimos no post anterior, Kehinde passa a ter prosperidade, a sua veia empresarial surge quando ainda era escrava de ganho e passou a vender os cockies e conseguindo expandir os seus negócios, com a contribuição de Tico Hilário, para outras cidades no Recôncavo baiano.

Como vimos também, ela engravidou novamente após a aborto sofrido e o seu filho nasceu. O nascimento do filho mais uma vez vem de forma pouco comum, o menino nasce em uma das visitas feitas a um sobrado na cidade, comprado por Alberto para que pudesse ter um pouco mais de conforto enquanto estivesse por lá, afora isso, as cosias estavam encaminhando bem. A religiosidade continua próxima na vida Kehinde, que sempre recorre a ela quando precisa tomar grandes decisões, e assim, como foi feito com o primeiro filho, a cerimônia de nome foi feita, dessa vez na época certa. Aqui percebemos uma grande mudança, quando ela começa a falar diretamente com o filho, como se tivesse lhe enviando cartas, narrando tudo que aconteceu em sua vida. Por esse motivo, a escrita passa a ser mais pessoal.

Continuando, após a primeira rebelião acontecida em Salvador, essa calmaria começa a mudar, principalmente pelo que era reivindicado pelos brasileiros,que dentre as suas reivindicações, queriam que os portugueses parassem interferir nos negócios do Brasil e os que não fossem casados com brasileiras, fossem deportados para Portugal. As rebeliões acontecidas fazem com que eles fiquem um tempo reclusos no sítio, onde, a sinhazinha, a quem Kehinde tem grande carinho, vai passar um tempo lá com a família, pois, assim como Alberto, o marido também era português e estavam correndo riscos ficando na cidade. Essa parte acaba sendo um pouco pesada, pelo excesso de descrições do período histórico, pois, tudo vai sendo explicado detalhadamente e pode parecer um pouco chato, mas, é interessante conhecer um pouco mais sobre o Brasil.

Passado algum tempo Fatumbi volta para cidade e explica a ela a razão do seu desaparecimento. Em uma das voltas de Kehinde para o sítio, ela acaba matando um homem negro que tentou roubá-la e isso passa assombrá-la. Com as rebeliões já controladas, Alberto passa a ir cada vez menos ao sítio e Kehinde passa a se preocupar, questionando o que estaria acontecendo, depois descobre que ele vai se casar, com uma brasileira branca, pois ainda teme ser deportado para Portugal, assim a relação deles acaba e ela fica com a certeza do que as suas amigas já haviam alertado, os brancos não assumiriam uma relação com os negros. E assim um novo ciclo se inicia na vida de Kehinde e vamos aos próximos capítulos... ☕📚😍💜

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