[Leitura compartilhada] - Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág. 73 – 135]
Capa do livro - Editora Record |
Hoje é o nosso segundo post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”.
Nessa segunda parte terminamos o segundo e iniciamos o terceiro capítulo. Nesses primeiros capítulos somos apresentados às descobertas feitas pela menina após ser comprada no mercado de escravos. Kehinde começa a narrar sua vida na casa grande, iremos perceber uma narrativa um pouco ingênua, pelo fato de vir pelo olhar de uma criança, que ainda não compreende sua posição nessa nova terra, principalmente pelo fato de ter sido levada direto para a casa grande, onde os negros escolhidos para trabalhar lá, tinham um tratamento diferenciado. E ela fora comprada para servir como companhia (brinquedo) para a filha do dono da casa, e é a partir dessa relação que ela vai compreendendo a verdadeira posição que ocupa.
A religiões de matriz africana, estão presentes na narrativa o tempo todo. Essa religiosidade, atrelada solidão da menina pela perda dos familiares, é quem a conforta, pois a todo tempo ela sente os seus entes próximos.
Seguindo, a situação da jovem escrava muda quando a menina, a qual servia como companhia, é mandada para estudar num colégio de freiras e a sinhá, numa atitude ignorante e malvada, acusando-a de ser bruxa, obriga Kehinde a ir trabalhar na fundição, trabalho pesado e perigoso, tendo contato agora com uma realidade, que até então desconhecia. Nessa parte, ela se aproxima da sua religião e ao conhecer e ouvir as palavras de uma mulher chamada Agontimé, ela começa a ter consciência que a sua missão nessa nova terra é muito maior do que ela pensa.
Reitero o quão o texto é bem escrito, Ana Maria Gonçalves fez um belíssimo trabalho nesse quesito, e reafirmo também que esse não é um texto fácil de ser lido, pela intensidade de algumas cenas descritas. E por hora, ainda continuo sem palavras para expressar o que estou sentindo ao ler “Um defeito de cor”. Vamos aos próximos posts. ☕📚😍💜
Comentários
Postar um comentário