[Leitura compartilhada] Um defeito de cor - Ana Maria Gonçalves - Impressões - Pág 905 - 951.

Capa do Livro - Editora Record - Foto reprodução - Instagram: @cafecomlivrossp
[LEITURA COMPARTILHADA - IMPRESSÕES - PÁG. 905 - 951] #lendoumdefeitodecor2019 

Boa noite leitorxs!! Chegamos ao último post da nossa leitura compartilhada, farei outro post como uma resenha de forma geral, apontando alguns aspectos da leitura e da história. Enfim, vamos ao que interessa, demorei um pouco para liberar esse post, acho que fiquei um pouco triste em ter que terminar a história e quis saborear um pouco mais o momento. Seguindo com a nossa análise terminamos o décimo capítulo e conhecemos o final da saga de Kehinde, hoje é o nosso décimo quinto post dedicado às impressões do livro “Um defeito de cor”. 

Os gêmeos filhos de Kehinde, Viajaram para a França para estudar lá, deixando a mãe em Lagos, sofrendo com a partida e com a saudade que sentiria pela ausência deles. Ela continua a história, contando um pouco da sua vida em Lagos, como as “Casas da Bahia” lhe deram prestígio e ela gozava dessa posição, pois naquela época poucas mulheres conseguiam tal poder. 

Narra também que todos a reprendia por querer voltar ao Brasil, principalmente pelo surto de febre amarela que estava acontecendo aqui, mas ela estava decidia a voltar e ainda não tinha dito o motivo para que quisesse voltar com urgência. Por isso, aguardou um pouco mais em Lagos, mas logo que pode, embarcou para o Brasil. 

Antes de embarcar, por conta de alguns problemas em França, os filhos dela retornaram para a África, pois já tinha acabado os estudos e não tinha necessidade de ficarem correndo risco de vida lá. Com o retorno para África, Kehinde começa a pressioná-los para que se casem logo, Maria Clara, muito independente e a frente do seu tempo, só aceita se casar quando estiver pronta, acha que os homens em África não estão a sua altura, pois não sabem conversar sobre assuntos diversos. Tempos depois ela surpreende Kehinde e a apresenta um pretendente, João apresenta também a mulher com a qual quer se casar. 

Os noivados e o casamentos acontecem juntos, primeiro o noivado duplo, depois o casamento duplo, uma das festas mais bonitas que Lago já viu, segundo Kehinde. Somente muito próximo do final da história ela revela que perdeu a visão e por isso quem está escrevendo a história e a Geninha, a caminho do Brasil. 

Mais algumas coisas acontecem, como a segunda esposa que o João arruma, os filhos que tanto ele como a irmã dão à mãe, foca em duas tragédias. A primeira, a quando Maria Clara quase morre no parto e por conta disso ela não poderá mais ter filho, a segunda, a morte de dois dos netos de Kehinde, os quais ela sempre avisou que eram abikus, crianças que ainda estavam ligadas fortemente ao orum, por isso diversos cuidados deveriam ser tomados, mas não foram e as crianças, um filho de cada ibêji, acaba morrendo de uma forma trágica. 

Por fim, já no Brasil, esperando para desembarcar, ela revela os motivos que a fizeram retornar e tudo que ela narra nesse final, nos leva a crer que de fato ela foi a mãe de Luiz Gama, pois, descobre o seu paradeiro, que se tornou advogado e também era poeta, sendo muito respeitado no Brasil, e ela estava voltando com pistas dadas há muitos anos atrás, mas que desconhecia, porque ficaram escondidas em um baú e só descobriu aquelas cartas que afirmavam o paradeiro do filho desaparecido, ao revirar papéis velhos que estavam guardados. 

Confesso que fiquei muito curioso para descobrir se ela conseguiu se encontrar com o filho ou se ele recebeu esse relato emocionante que foi transformado em livro. Adorei acompanhar o relato e dividir com vocês essa aventura, espero que leiam, gostem e apresentem como eu saboreei essa história. Chegamos ao fim da jornada de Kehinde e com certeza esse é um dos melhores livros que eu já li na vida. 

Então é isso queridxs. Até a próxima e boas leituras a todxs!

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